segunda-feira, 23 de abril de 2012

Fim do mundo previsto pelos maias : erro interpretativo

O prognóstico maia do fim do mundo foi um
erro histórico de interpretação, segundo revela
o conteúdo da exposição “A Sociedade e o
Tempo Maia” inaugurada recentemente no
Museu do Ouro de Bogotá.

O arqueólogo do
Instituto Nacional de Antropologia e História do
México (INAH) e um dos curadores da mostra,
Orlando Casares, explicou à Agência Efe que a
base da medição do tempo dessa antiga cultura
era a observação dos astros. Eles se baseavam,
por exemplo, nos movimentos cíclicos do Sol,
da Lua e de Vênus, e assim mediam suas eras,
que tinham um princípio e um fim.

“Para os
maias não existia a concepção do fim do
mundo, por sua visão cíclica”, explicou Casares,
que esclareceu: “A era conta com 5.125 dias,
quando esta acaba, começa outra nova, o que
não significa que irão acontecer catástrofes; só
os fatos cotidianos, que podem ser bons ou
maus, voltam a se repetir.”
Para não deixar dúvidas, a exposição do Museu
do Ouro explica o elaborado sistema de
medição temporal dessa civilização.

“Um ano
dos maias se dividia em duas partes: um
calendário chamado ‘Haab’ que falava das
atividades cotidianas, agricultura, práticas
cerimoniais e domésticas, de 365 dias; e outro
menor, o ‘Tzolkin’, de 260 dias, que regia a vida
ritualística”, acrescentou Casares.

A mistura de ambos os calendários permitia que
os cidadãos se organizassem. Dessa forma, por
exemplo, o agricultor podia semear, mas sabia
que tinha que preparar outras festividades de
suas deidades, ou seja, “não podiam separar o
religioso do cotidiano”.

Ambos os calendários formavam a Roda
Calendárica, cujo ciclo era de 52 anos, ou seja,
o tempo que os dois demoravam a coincidir no
mesmo dia. Para calcular períodos maiores
utilizavam a Conta Longa, dividida em várias
unidades de tempo, das quais a mais importante
é o “baktun” (período de 144 mil dias); na
maioria das cidades 13 “baktunes” constituíam
uma era e, segundo seus cálculos, em 22 de
dezembro de 2012 termina a presente.

Com essa explicação querem demonstrar que o
rebuliço espalhado pelo mundo sobre a previsão
dos maias não está baseado em descobertas
arqueológicas, mas em erros, “propositais ou
não”, de interpretação dos objetos achados
dessa civilização.
De fato, uma das peças-chave da mostra é o
hieróglifo 6 de Tortuguero, que faz referência ao
fim da quinta era, a atual, neste dezembro, a
qual se refere à vinda de Bolon Yocte
(deidade maia) , mas a imagem está
deteriorada e não se sabe com que intenção.

A mostra exibida em Bogotá apresenta 96 peças
vindas do Museu Regional Palácio Cantão de
Mérida (México), onde se pode ver, além de
calendários, vestimentas cerimoniais, animais
do zodíaco e explicações sobre a escritura. [...]

Fonte: (Yahoo Notícias ) e criacionismo.com.br


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