1 Reis 19:12 - E depois do terremoto um fogo;
porém também o SENHOR não estava no fogo;
e depois do fogo uma voz mansa e delicada.
O fugitivo Elias tentou esconder-se em uma
caverna no monte Horebe, na esperança de
receber do Senhor alguma mensagem de
salvação da sua vida. Por três vezes em vão
ele achou que o Senhor iria se comunicar:
quando soprou um vento forte, quando um
terremoto abalou o monte , quando um fogo
ardente crepitou. Já desanimado, pela
ausência da fala do Senhor, de repente prestou
muita atenção e mal ouviu: “uma voz mansa e
suave” (I Reis 19:12). Pois não é que foi dessa
maneira, sem pompa e sem espetáculo, que
Deus finalmente se comunicou com o profeta?
Por alguma razão meio sem lógica, tentamos
nos convencer de que o Senhor é uma entidade
teatral, que só se manifesta com fogos de
artifício, ao som gingado e ensurdecedor do
rock gospel. Como, aparentemente, Ele não se
utiliza da barulheira humana para revelar-se,
apelamos para uma atitude ainda mais sem
lógica e... aumentamos os decibéis da
louvação, graças aos músculos do baterista
recém batizado, cujos tambores atingem dois
quarteirões da vizinhança, mas não chegam
aos céus.
A voz do Senhor, Elias aprendeu em Horebe, é
ouvida por nós de maneira clara e distinta,
quando enfrentamos o silêncio da,
contemplação do divino e nos deixamos
envolver pela “voz mansa e suave” da
comunicação pessoal com o Senhor.
A escolha
é nossa: o colorido do barulho exterior ou a voz
interior vinda da mansidão poderosa do
Senhor.
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